Um Mergulho no Mito e na Contemporaneidade

@gracatirelliart_

Na edição especial da Revista Creator, temos a honra de apresentar Graça Tirelli como a artista em destaque e a estrela da capa. Com uma carreira marcada pela constante exploração do mito e das questões antropológicas, Graça oferece um olhar único sobre a arte contemporânea, criando obras que transbordam originalidade e carregam histórias internas complexas. Sua arte é um convite a refletir sobre o simbólico e o imaginário, transportando o público a um universo onde passado, presente e futuro coexistem.

Nesta entrevista exclusiva, Graça compartilha detalhes sobre seu processo criativo, suas inspirações e os desafios enfrentados ao longo de sua trajetória artística. Vamos mergulhar no universo dessa artista fascinante.

Uma característica marcante nas obras de Graça são os detalhes minuciosos, que conferem uma assinatura única ao seu trabalho.

Perguntamos à artista se esses elementos fazem parte de sua identidade criativa e como eles foram desenvolvidos ao longo do tempo.

“Os detalhes nas pinturas são elementos de composição que conferem valor ao meu modo de trabalhar a pintura. Eles sempre estiveram presentes e foram aprimorados com a técnica que uso; se relacionam entre si para determinar um equilíbrio visual que busco”, explica Graça. Esses detalhes, cuidadosamente trabalhados, revelam uma busca incessante pela harmonia entre forma, cor e significado.

Além de seu trabalho artístico, Graça também trabalha em uma fazenda no interior do Rio Grande do Sul, uma experiência que moldou significativamente sua série mais recente.

A arte de Graça é profundamente inspirada pelo mito e pelas questões antropológicas. Seu trabalho dialoga com diferentes culturas e seu simbolismo, formando uma narrativa visual que explora o inconsciente coletivo. “Meu trabalho é baseado na busca do mito, expressando-se em diversas culturas e simbolismos, focado em questões antropológicas. São como mini recortes de mundos que habitam meu mundo contemporâneo, formando uma linha de acontecimentos, com personas pictóricas que caminham entre seus objetos, signos e desígnios”, explica Graça. A originalidade de sua obra vem justamente dessa habilidade de traduzir temas universais em uma linguagem visual própria e instigante.

A busca pelo mito e o antropológico

Quando questionada sobre como equilibra a originalidade com a inspiração, Graça reflete: “A originalidade é parte importante da inspiração. A maneira como vemos o mundo, com nossos filtros de vivência, experiência e sensibilidade, torna essas duas coisas complementares.” Para ela, ser original não significa se distanciar do que já existe, mas sim ressignificar o que a inspira de forma única e particular.

O processo criativo: Uma dedicação completa a cada obra

Graça prefere trabalhar em uma única obra de cada vez, mergulhando profundamente em cada criação. “Normalmente, trabalho em uma única obra do início ao fim, porque é uma forma de eu me dedicar inteiramente àquele trabalho. As séries de pinturas surgem ao longo do processo, com novos personagens que exigem um novo empenho e novas composições”, conta. Esse foco total em cada peça permite que ela explore minuciosamente os detalhes e as narrativas visuais de suas obras, criando composições ricas em significado.

Graça também está atenta às novas tendências no mundo da arte, como os NFTs e a arte digital. Ela já possui uma página na plataforma OpenSea, onde vende algumas de suas criações digitais. Além disso, experimenta a manipulação digital em suas fotografias, tendo recebido uma menção honrosa em um concurso na Itália por esse trabalho. “Essas tendências são possibilidades que se abrem a todos os tipos de arte, bem democráticas e abertas, oferecendo oportunidades para novas manifestações”, reflete a artista.

Relação com o público

Para Graça, a interação com o público é fundamental para seu desenvolvimento como artista. O retorno das pessoas que apreciam suas obras não só alimenta sua criatividade, mas também a ajuda a reconhecer o impacto que seu trabalho exerce sobre o outro. “Uma das partes importantes é o retorno do público, essa interação alimenta o artista a descobrir, reconhecer e dimensionar o que está fazendo”, comenta.

Em um momento marcante, uma pessoa explicou um dos elementos de suas pinturas a partir de um conhecimento profundo de signos e simbologias, o que impressionou Graça pela sintonia com o que ela mesma sentiu ao criar a obra.

Graça espera que o público da Revista Creator seja instigado por suas imagens e possa experimentar novas formas de olhar. “Espero que o público consiga, através da Revista Creator, vivenciar, experimentar e mudar a maneira de olhar o novo, o original. Que percebam minha pintura como um elemento ativo na alteridade, como o resgate de fragmentos e a concretização de novas formas de olhar”, finaliza.

Graça Tirelli nos convida a explorar suas obras e a refletir sobre as questões universais que elas levantam. Suas criações são um convite para olhar além do óbvio, mergulhar no simbólico e questionar a realidade. Não perca a oportunidade de conhecer mais sobre essa artista excepcional! Visite suas redes sociais e acompanhe sua jornada artística.

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